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Como empoderar nossas meninas?

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No dia 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher, e nesse dia nos lembramos do quanto nós lutamos e ainda lutaremos pelos nossos direitos.

Ninguém nasce mulher. Torna-se mulher! A escritora e filósofa Simone de Beauvoir mudou o modo em que a sociedade e a própria mulher enxergavam o gênero feminino quando escreveu seu livro, O Primeiro Sexo (1949). A escritora afirma que, enquanto bebês e crianças somos todos iguais até o momento em que os ensinamentos mudam e aí nos tornamos homens ou mulheres de acordo com as regras vigentes. Um paradigma ainda forte em todas as esferas sociais.

Empoderar nossas meninas desde cedo é a mais valiosa, senão a única forma realmente eficaz de quebrarmos esse e tantos outros paradigmas que cercam o gênero feminino. Sabemos que muitas formas de assédio e inferiorização começam cedo, e é nosso papel enquanto instituição quebrar tabus e trabalhar de braços dados com as famílias no processo de valorização do gênero feminino e construção de uma sociedade sustentada na equidade para que nossas garotas cresçam certas de suas capacidades.

No dia de hoje, gostaríamos de compartilhar com vocês algumas dicas de como empoderar nossas meninas desde a infância:

  • Não use frases de desvalorização e que, nas entrelinhas, objetifiquem o gênero feminino.
    ‘’Meninas precisam se dar o devido valor.’’ ‘’Você precisa emagrecer para ficar bonita.’’ ‘’Essa brincadeira não é de menina.’’. Essas e tantas outras frases nesse sentido só reforçam a ideia de que a mulher ocupa um papel coadjuvante nas relações do cotidiano. Agindo dessa forma, nossas meninas estão aprendendo desde cedo a depender da aprovação masculina para se sentirem realizadas.
  • Não prive sua menina de quebrar padrões. Nossas garotas precisam aprender que não existe nada que ela não possa fazer tão bem quanto qualquer outra pessoa. E que ela é capaz!
  • Meninos também podem (e devem) contribuir nesse processo
    Acredito que as mães de meninos carregam uma responsabilidade enorme nesse processo de empoderamento feminino. Nossos meninos precisam aprender que eles também podem brincar de boneca, de casinha e tantas outras brincadeiras que quiserem. Evitar uma educação machista é uma das chaves para darmos voz ao empoderamento. Além disso, é cedo que se aprende sobre a igualdade de gênero.
  • Explique para sua garota que amor é carinho, parceria, e que existem diferentes tipos de amor, advindos das mais diferentes pessoas. Em primeiro lugar, nossas garotas devem crescer com a mentalidade de que felicidade não é dependência. Não somos metade de ninguém! Somos inteiros e se os rumos da vida nos unirem a alguém, só será mais agradável. Ainda com base nesse raciocínio, lembrem-se: estar com alguém não deve ser prioridade e nem obrigatoriedade. Desde muito cedo, toda forma de carinho e afeto oferecidos pela família amadurecem no cérebro da menina a segurança emocional e mostram para ela como o amor deve ser: uma parceria repleta de respeito mútuo e compreensão.
  • Livros e filmes podem ajudar nesse processo (essa dica também se aplica aos meninos)
    Crianças são curiosas e tendem a gostar de livros e filmes. Por que não inserir a temática? Filmes como Mulan, Valente, Mary Poppins e livros como Píppi Meialonga, Luna Clara e Apollo 11, Procurando Firme e Malala, a menina que queria ir para a escola, são alternativas que trazem numa linguagem própria para crianças os conceitos de representatividade feminina e equidade de direitos. Estes títulos são ótimos para quebrar o conceito antiquado das “princesas”. Princesas são lindas, mas não são reais e carregam com elas todo o peso da opressão feminina. Não queremos nossas filhas esperando por um príncipe, queremos que façam seus próprios finais felizes!

Meninas empoderadas, mulheres fortalecidas! Uma garota empoderada desde a infância certamente terá mais estabilidade emocional para se posicionar diante do machismo cotidiano e das pressões sociais direcionadas ao seu corpo e aos seus modos. Mães, empoderem-se! Ensinem a sororidade ainda dentro de casa para que lá fora, sua menina tenha uma autoestima elevada e fortificada para levar adiante nossa nobre missão de transformar a nossa sociedade. É um caminho longo, algumas gerações nos aguardam, mas a luta começa desde menina!

Leia mais sobre o assunto aqui: Como ensinar nossas filhas a buscarem igualdade desde pequenas?

Priscila Dutra – Coordenadora de Projetos Me põe na História

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